ATIVIDADE 1 - ARQ - ATELIÊ DE URBANISMO - 53_2025

Categoria: Atividade 1

Forma de entrega: Digital

Período: 01/09/2025

Status: ABERTO

Nota máxima: 100,00%

Data e Hora Atual: Horário de Brasília

Data Final: valendo 100% da nota

Finalizado: Não

Nota obtida: 100%

Data Gabarito: a definir

Finalizado em: 31/12/2030

INFORMAÇÕES ATUALIZADAS

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ATIVIDADE 1 - ARQ - ATELIÊ DE URBANISMO - 53_2025

ATIVIDADE 1 - ARQ - ATELIÊ DE URBANISMO - 53_2025 Atividade 1 – Questão discursiva Disciplina ao Vivo – Ateliê de Urbanismo 2025 Enunciado: O processo de urbanização no Brasil tem sido historicamente marcado por desigualdades socioespaciais. Nesse contexto, o loteamento urbano se destaca como um dos principais instrumentos de produção do espaço – no qual não raro se manifesta uma lógica de projeto e produção que leva à segregação socioespacial de parcelas da população, e, com isso, acarreta aprofundamento das desigualdades. Ou seja, mais do que uma mera ação técnica ou legal de parcelamento do solo, o projeto de loteamento é um ato projetual com amplas repercussões na vida urbana: ele determina a malha viária, a morfologia do traçado urbano – e, consequentemente, da forma urbana – com os lotes edificáveis e as maneiras de ocupar tanto os lotes como os espaços livres presentes entre eles, áreas que são destinadas ao uso coletivo. Desse modo, o projeto de loteamento exerce forte influência no desenho da cidade como um todo, em sua conectividade, acesso à infraestrutura, padrões de adensamento e/ou expansão urbana, além de aproximação ou segregação socioespacial. Assim, mais do que um ato mecânico, projetar um loteamento é um ato qualitativo com implicações morfológicas, ambientais e socioeconômicas. O loteamento carrega em si o potencial contribuir com a estruturação ou fragmentação de uma cidade. Ao longo das últimas décadas, inúmeros exemplos de loteamentos mal planejados, desconectados da malha urbana preexistente contribuíram para a fragmentação urbana, com a proliferação de vazios urbanos e a multiplicação de áreas precárias e mal integradas às redes de mobilidade e infraestrutura. Essa lógica fragmentária, muitas vezes associada à busca por rentabilidade imediata por parte de alguns agentes produtores do espaço tende a comprometer a sustentabilidade e justiça socioespacial nas cidades. Por outro lado, há também experiências que demonstram o potencial dos projetos de loteamento para qualificar a expansão urbana, promover diversidade de usos, garantir acesso à moradia digna e preservar características ambientais relevantes. Isso ocorre quando tal projeto é guiado por diretrizes projetuais e de integração territorial morfologicamente adequadas e socioambientalmente sustentáveis, levando a cidades mais justas e resilientes. Nesse sentido, o arquiteto e urbanista ocupa um papel central nesse processo. Cabe a esse profissional transcender a lógica meramente legalista ou mercadológica do parcelamento do solo, propondo projetos sensíveis à morfologia do território, às estruturas ecológicas e às demandas sociais. Como destaca Mascaró (2003), o projeto de loteamento deve ser compreendido como elemento estruturador da paisagem urbana, e não apenas como operação de retalhamento fundiário. Essa postura exige uma atuação ética, multidisciplinar e politicamente engajada, articulando os instrumentos do planejamento urbano (como os Planos Diretores e o Estatuto da Cidade) com o desenho urbano qualificado e a escuta atenta às comunidades envolvidas. Portanto, pensar o loteamento como instrumento de transformação territorial exige uma abordagem crítica e integrada, que reconheça sua capacidade de organizar a cidade, mas também seus riscos potenciais de fragmentação, exclusão e dano ambiental. Projetar loteamentos é, antes de tudo, desenhar o futuro da cidade — e esse desenho deve ser guiado por princípios de equidade, sustentabilidade e pertinência territorial. Considerando esse contexto, elabore um texto crítico e argumentativo, abordando os seguintes aspectos: – De que forma o projeto de loteamento urbano pode contribuir (ou não) para a construção de uma cidade mais justa, integrada e ambientalmente equilibrada? – Quais os principais riscos, limitações e desafios associados à prática atual do parcelamento do solo? – Qual deve ser o papel do arquiteto e urbanista no desenvolvimento de projetos de loteamento que aliem qualidade espacial, responsabilidade ambiental e inclusão social? Reflita a partir de autores e conceitos apresentados na apostila e nas vídeo aulas e, sempre que possível, inclua exemplos de projetos ou situações reais que ajudem a fundamentar sua análise. O texto deve articular teoria e prática, demonstrando capacidade de síntese, posicionamento crítico e compreensão da complexidade que envolve o tema. Objetivo da atividade: Quero que você analise criticamente o papel do loteamento urbano como instrumento de expansão e estruturação territorial da cidade, considerando suas implicações espaciais, sociais e ambientais. Além disso, este exercício visa estimular sua reflexão sobre o papel do arquiteto e urbanista na proposição de soluções que qualifiquem os espaços urbanos e promovam justiça socioespacial. COMO APRESENTAR O TRABALHO? O texto elaborado, deve possuir – de escrita – ao menos duas laudas, estar baseado em autores, que fundamentam as reflexões abordadas, podendo ter desenhos – sob a forma de croquis elaborados pelo aluno – que elucidem alguma informação de projeto e de paisagem urbana descrita pelo acadêmico no texto. Observações: Este trabalho NÃO é um resumo, nem da apostila e nem de livro, é uma resenha crítica, que relaciona temas, exemplo: “tal coisa ocorre por consequência tal evento”. O texto deve ser enviado, em um arquivo único, em formato PDF, conforme orientações postadas ou direcionadas pelo seu tutor. DICA: Fundamente as informações expostas no texto, há conteúdo para ser explanado em todo o texto da apostila, pois esta questão perpassa por todos os temas.

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